Ao longe escuta-se um sax-alto, um tambor, um chimbal, um prato e várias buzinas, apitos e brinquedos sonoros. Parece ser uma banda com várias pessoas, mas na verdade é um Homem-banda que vem espalhando magia e estranhamento. Ele tem um jeito inusitado de tocar alguns instrumentos convencionais e compõe com suas traquitanas uma imagem onírica. Ao mesmo tempo é também uma figura universal, pois homens-banda têm origem em diferentes povos.

O fio de comunicação entre artista e público pode acontecer inicialmente só pela audição. Ouvir o som é um estímulo à imaginação e à contemplação.

Quando existe o contato visual, junta-se à possíbilidade do som, a movimentação corporal, que pode ser acionada tanto pelo público quanto pelo artista.

Em outros momentos o público é convidado a interagir tocando alguns dos instrumentos presos ao corpo do Homem-banda (prato, zabumba, chimbal, buzinas) enquanto o artista toca os outros, criando na hora novos arranjos de acordo com o improviso conjunto.