Em 12 dias, de 29 de abril a 10 de maio de 2013, percorremos 6 cidades do estado de São Paulo, rodamos 1.000 quilômetros a bordo de nosso Fusca e de nossa Doblô. Fizemos 15 apresentações e atingimos 4.445 pessoas dos 2 aos mais de 60 anos. Em Cotia, em nossa primeira apresentação, as crianças participaram de nosso ritual de aquecimento corporal antes da peça. Na mesma cidade, 2º dia de jornada, a emoção de apresentar para adultos do ensino noturno, muita gente que teve ou andou em fusca ao longo da vida. Em Laranjal fomos pra praça e os alunos da escola pública conviveram com a população que parou “pra ver a banda e o fusca passar”. Em Analândia, cidade de 5 mil habitantes, o pátio ficou pequeno para acolher tanta gente. Em Mogi Mirim encontramos alunos envolvidos com a fanfarra que queriam saber tudo e um pouco mais sobre nosso ofício, dia a dia, processos de criação e linguagens. Em Itaquaquecetuba, quase que o Fusca não entra no pátio, tão justa era a porta e o espaço de manobra. Por fim, em São Paulo, plena 6ª. feira, a noite se encheu de magia com nossas
cores, sons e imagens em meio às árvores da entrada da creche central USP, no Butantã. Tivemos a oportunidade de conhecer representantes de alguns de nossos patrocinadores e apoiadores e foi gratificante poder agradecer pessoalmente a possibilidade de realização de um sonho, graças à confiança e aos recursos que nos destinaram. A sensação de missão cumprida vem pelos aplausos fartos, pelas perguntas interessantes e interessadas. Vem pela declaração dos apoiadores que disseram estar orgulhosos por participar de nosso projeto. Vem também por pequenos acontecimentos: o aluno do ensino médio que ficou conosco durante todo um dia, tentando captar o máximo que conseguisse, pois pretende seguir estudos e carreira na área musical; o aluno autista obcecado por meios de transporte fantásticos que ficou hipnotizado com nossos fusca-cóptero, sub-fuscamarino e disco-fusca-
voador intergaláctico, entregando-nos até um desenho de presente, falando: ”o fusca ganhou o poder de voar e flutuar sobre as águas”; houve ainda, por mais de uma vez, a imensa surpresa diante do fato de que vamos entregar um exemplar de nosso CD “É pra brincar, ouvir e cantar” para cada uma das crianças. Agora que tudo já é passado temos recebido telefonemas e e-mails de professoras, diretoras e escolas não contempladas querendo saber mais sobre o projeto e o que devem fazer para também receber o espetáculo em seus espaços. Estes contatos nos animam a fazer outros projetos para poder continuar esta jornada com mais retratos.