Nossa apresentação realizada no último domingo, dia 01.06, foi muito alegre e emocionante. Contamos com a volta do artista-companheiro Paulo Dantas, plenamente recuperado, que esteve ausente alguns meses por ter cortado o dedo. Saímos de casa às quatro e trinta da manhã para chegar à distante cidade de Presidente Prudente com bastante antecedência. Seis horas de viagem depois, lá estávamos nós no SESC Thermas com tempo fechado e fumacinha saindo das piscinas de água quente. O céu estava cinza e caía uma boa garoa, coisa rara na região. Uns seis gatos pingados se aproveitavam das piscinas locais. Nós andamos para lá e para cá a fim de encontrarmos um local protegido da chuva para realizarmos nosso espetáculo. Éramos uma comitiva de muitas pessoas: nossa equipe de 4 artistas, Gabriel da programação do SESC, Antonio Carlos, coordenador da programação, Marcão da manutenção e mais uns 8 funcionários, pra dar aquele apoio necessário, ver e decidir onde teríamos condições de entrar com o carro e receber o público. Posicionamos o carro na entrada da unidade, no alto. Posicionamos as arquibancadas (enormes, mas com rodinhas), abaixo das escadas de entrada. E então nos demos conta que o pé direito do local era muito baixo, o que faria com que tivéssemos que atuar curvados sobre o carro e o público só veria nossa atuação da cintura para baixo. Rodamos mais um pouco pelo local e eis que surge a ideia, vinda da funcionária de comunicação, de utilizarmos o quiosque externo. Fabiano então dirige o Fusca sobre o gramado e enfrenta uma infinidade de manobras daqui e dali, sob grande plateia, para conseguir fazer passar o carro por uma passagem estreitíssima até colocá-lo dentro do quiosque. Muitos olhares e mãos foram necessários, até mesmo empurrando a parte lateral do carro para que não ralasse, já que a parte de baixo, das rodas, já havia passado com segurança. Por fim, decidiu-se quebrar uma pequena mureta, para que o carro pudesse sair do espaço com menos sufoco, após a apresentação. Bastou encostar a marreta e os tijolos tombaram, parecendo que estavam à espera daquela demolição que, afinal de contas, era por uma boa causa. Foi uma Virada Cultural bem marcante. Conseguimos fazer nossos preparativos com calma e nem precisamos de microfone, pois o público estava bem pertinho. O poste que sustenta o quiosque foi incorporado às ações, e até pole dance de palhaço virou, à certa altura. Nos divertimos muito: nós e o público. Fomos embora plenos, com aquela boa sensação da missão cumprida.